Inscrições para oficinas de informática, inteligência artificial, robótica, criação de game, design, fotografia e educação financeira estão abertas
A arquiteta Gilda Candido já fez mais de um curso nas Naves do Conhecimento. E, agora em dezembro, se prepara para fazer novas oficinas nas Naves do Engenhão e de Madureira. No último mês do ano, serão oferecidas 4.788 vagas em diferentes áreas nas 12 Naves do Conhecimento, 3 Naves Satélites e 18 Navezinhas Cariocas. As inscrições podem ser feitas no site das Naves: https://capacitacao.navedoconhecimento.rio/.
Todos os cursos são de graça, mas é bom se apressar, pois as vagas são limitadas. Além de informática básica, estão disponíveis oficinas de inteligência artificial, robótica, criação de game, design, fotografia, educação financeira, entre muitas outras. De acordo com a secretária municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Tatiana Roque, só este ano foram dados 65.780 certificados em diferentes cursos para os alunos dos equipamentos espalhados principalmente pelas Zonas Norte e Oeste da cidade.
“As Naves são espaços democráticos de conhecimento e inovação. Nelas, promovemos inclusão digital, formação em tecnologia e capacitação profissional para que todos possam enfrentar os desafios de um mercado de trabalho em constante mudança. Há um ano, inauguramos a primeira Arena Gamer pública do país, na Nave do Engenhão, e estamos levando esportes eletrônicos
para outras Naves”, explica Tatiana Roque.
Oficinas para todas as idades
As naves oferecem cursos variados e para todas as idades. Na Nave do Engenhão, há por exemplo cursos de fotografia, inteligência artificial, animação de desenho, entre outros. Na Nave de Nova Brasília, Canva para crianças, clube gamer e introdução à robótica. Já na da Penha, há cursos sobre sustentabilidade, gestão de contas gratuitas de correio eletrônico e de Excel. Na Rocinha, oficina de lantable, de Powerpoint e empreendedorismo. Toda a programação de cursos
das Naves pode ser conferida em https://capacitacao.navedoconhecimento.rio/.
“Nós procuramos oferecer cursos em diversas áreas e buscamos adequá-los às demandas dos territórios. E, em 2026, graças a novas parcerias que estamos fazendo com instituições como o Senac, vamos disponibilizar novas oficinas”, adianta Gabriel Medina, subsecretário de Formação e Projetos Tecnológicos da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (SMCT).
No Instagram da SMCT (@cienciaetecnologia.rio) e no site https://cienciaetecnologia.prefeitura.rio/ são publicados materiais sobre cursos e atividades realizadas nas Naves do Conhecimento.
‘A educação transforma’, diz a empreendedora Nilza Vargas, de 75 anos
Nilza Vargas foi levada à Nave do Conhecimento do Engenhão pela amiga Cinira, sua vizinha no Méier. Nascida e criada no Morro do Tuiuti, em São Cristóvão, a contadora aposentada sempre gostou de desafios. Depois que se separou e quando a filha fez 15 anos, foi fazer faculdade de Ciências Contábeis na Moraes Júnior. Na Nave do Engenhão, se matriculou em um curso de
empreendedorismo.
“A educação transforma e a Nave descobre talentos escondidos. Costumo dizer que os sonhos, não morrem, adormecem. É sempre tempo de começar e foi o que fiz. Como sempre gostei de costurar, comecei a fazer bonecas de pano e também vestidos com a mesma estampa das roupas delas para as crianças”, lembra a dona do recém-criado ateliê Nilzartes, que participa de uma feira de empreendedorismo, no próximo dia 5, em frente à Nave do Conhecimento do Engenhão.
A exemplo dela, Nilza Maria Martins, de 72 anos, também é guerreira. Ela se tornou “doutora”, como a avó Juraci queria, e se formou em Ciências Contábeis na Universidade Gama Filho, na Piedade. Trabalhou em diferentes empresas, criou a filha Ana Paula, venceu um câncer de mama e, hoje, sonha em voltar ao mercado.
“Como uma vez uma criança brincou, a Nave é melhor do que tomar chocolate debaixo do cobertor. É um espaço de atualização, de socialização e de realização de sonhos. A didática dos professores é maravilhosa”, elogia a moradora da Abolição, que fez cursos de informática básica, Canva e Instagram.
Para a arquiteta Gilda Cândido de Oliveira, de 58 anos, as Naves do Conhecimento não são apenas espaço de aprendizado, mas de trocas com outros alunos e professores.
“Nas Naves, você vê que em qualquer idade você pode aprender. Perde o medo de usar um computador, desmistifica. Aprende a olhar o outro, a ajudar, a ter paciência”, diz a moradora de Quintino, que já fez cursos de educação financeira, de inteligência artificial, Excel, fotografia, entre muitos outros.
